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VERSOS AOS VENTOS
Os ventos rumorosos vêm e vão,
na tarde de translúcida aquarela,
agitam vagamente as cores dela,
e agitam o caminho em solidão;
e espalham, nos meados da estação,
perfumes que me chegam à janela,
e sopram a folhagem amarela,
e sopram a poeira sobre o chão.
Às vezes, numa noite mal dormida,
acendem velhas cinzas desta vida,
elevam pensamentos para Deus.
E elevam, na paisagem desolada,
a página da vida, espedaçada…
Dão asas a estes pobres versos meus.
Paulo Maurício G Silva
Enviado por Paulo Maurício G Silva em 29/05/2024
Alterado em 29/05/2024
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