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A MULHER QUE EU AMEI
A mulher que eu amei ficou no aroma
que aspiro vagamente ao acordar,
na espera inexplicável que me toma,
olhando o cortinado levitar;
na sombra vagarosa que retoma,
de modo delicado, o seu lugar,
nas coisas sutilíssimas, na soma
de tudo o que compõe o nosso lar.
No enfeite contemplado com doçura,
enquanto minha mão o acaricia,
na luz consoladora que fulgura
em sua cabeceira… tão vazia...
No quarto perfumado, na moldura
que beijo soluçando a cada dia…
Paulo Maurício G Silva
Enviado por Paulo Maurício G Silva em 30/05/2024
Alterado em 31/10/2024
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