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HORAS CINZENTAS
Horas cinzentas do final do dia,
horas que pairam no mistério seu,
que tudo à minha volta silencia
e tudo ao meu redor emudeceu;
que a tarde é vaga, estranha, quase fria,
as sombras se levantam, no apogeu,
horas que trazem sensação vazia
de tudo que se foi e se perdeu...
São horas derradeiras, afinal,
que o vento rumoreja sem igual,
as nuvens se desmancham no sem fim.
E eu, despretensioso, devagar,
retorno normalmente para o lar
onde ninguém espera mais por mim.
Paulo Maurício G Silva
Enviado por Paulo Maurício G Silva em 09/06/2024
Alterado em 10/06/2024
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