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ROTINA
Ela desperta, numa paz celeste.
O amanhecer tudo clareia agora.
Abotoando a colorida veste,
observa na vidraça os tons da aurora.
Descerrada a janela, o sopro agreste
areja toda a casa, sem demora.
Murmura docemente o vento leste.
Há limpidez e calma, dentro e fora.
O entardecer parece, então, fugaz.
Balançam-se as cortinas cor lilás.
O dia passa com efeito de asa.
E ela suspira, cheia de leveza...
Iluminada em poesia acesa,
espera minha volta para casa.
Paulo Maurício G Silva
Enviado por Paulo Maurício G Silva em 10/06/2024
Alterado em 11/06/2024
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